As pessoas ficam falando em amar, sobretudo, a nós mesmos. Mas o que é essa porra de amor próprio que ficam gritando aí aos sete ventos.
Amar-se em primeiro plano pode ser interpretado como uma atitude egocêntrica.
Questiono-me constantemente se eu morreria por alguém. Tomo a liberdade e estendo essa inquietante pergunta para os leitores.
Sem pestanejar, respondo que sim!
Daria minha vida pela minha mãe e meu pai, minha afilhada que nem nasceu, minha tia Lu, meu tio Paulo, até por meus avós, que já viveram bastante, cito ainda meu noivo (que embora haja a possibilidade de encontrar outra e nem lembrar mais de mim) é, na atualidade, um merecedor desse sacrifício...
A lista daqueles pelos quais eu entregaria meu bem mais precioso é finita, porém longa.
E aí?
Não os amo mais do que amo a mim?
Se sou capaz de me abdicar da existência por amá-los, onde mora meu “amor próprio”?
Individualista ou não, penso que se tivesse que escolher entre sofrer pela perda de uma dessas pessoas queridas, ou fazê-las suportar uma súbita partida minha, ficaria com a segunda. Prefiro morrer a ver meus amores tirando seu time de campo sem um reencontro para a revanche marcado.
Estarei sendo mais egoísta ao pensar primeiro no meu sentimento, ou estarei sendo doadora e caridosa ao me privar do meu futuro para possibilitar o do outro?
Nietzsche certamente explicaria muito melhor que eu!


Olhando sob um outro prisma...

Aos que não me conhecem, falo um pouco sobre meu físico:

Estatura mediana, peso diretamente proporcional a estatura, olhos verdes, pele morena, cabelos castanhos escuros e ondulados, boca pequena, porém carnuda, nariz de batatinha, uma pinta no queixo, forma corporal tipicamente brasileira (lê-se seios pequenos, cintura fina, quadril largo, bunda grande, coxas grossas), órgãos saudáveis, com exceção do coração que não satisfeito em bater duas vezes, quis bater uma vez mais.


Com um estereótipo como o descrito não teria tudo para me sentir uma forte candidata para vencer o concurso de Garota Qualquer Coisa?

Talvez, mas ainda assim creio que meu cabelo não é bom (para ser bem sincera me sinto a própria encarnação do Primo Wit), meus dentes não são enquadrados, minha barriga é saliente, e queria vestir 38.

Isso significa que, esteticamente falando, eu não me ame?

Óbvio que não!

Cada indivíduo, com suas particularidades, vai se moldando a medida que pode e se tornando aquilo que sempre desejou! Nem que para isso seja necessário chamar o Dr. Hollywood, ou Ivo Pitangui, quem sabe só um Photoshopezinho não resolve?

Pensem nisso!


2 comentários:

Este comentário foi removido pelo autor.

To P-A-S-S-A-D-A
shaiushiuahsiuahsuiahiusa
por isso que eu te falei que nossas mentes estão em sintonia ;D


ahsuahusgaushuaihsuiahisu

algo mais forte nos leva ao mesmo caminho ;)
:*

Do que eles dizem...

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
(Oscar Wilde)

Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo.
(Luís Fernando Veríssimo)

Liberte-se da escravidão mental, nínguém além de você pode libertar sua mente.
(Bob Marley)

Quero ter alguém com quem conversar. Alguém que depois não use o que eu disse contra mim... Nada mais vai me ferir, é que já me acostumei, com a estrada errada que eu segui, com a minha própria lei...
(Renato Russo)

Do que elas dizem...

Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.
(Clarice Lispector)

Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.
(Lya Luft)

Quando nasci um anjo esbelto,desses que tocam trombeta, anunciou:vai carregar bandeira. Cargo muito pesado pra mulher,esta espécie ainda envergonhada. Aceito os subterfúgios que me cabem,sem precisar mentir. Não sou tão feia que não possa casar,acho o Rio de Janeiro uma beleza eora sim, ora não, creio em parto sem dor. Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina. Inauguro linhagens, fundo reinos-- dor não é amargura. Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô. Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. Mulher é desdobrável. Eu sou.
(Adélia Prado)