Não sou muito boa em subjetividade. Talvez seja melhor fazer umas aulas com Mi, e depois me meter a escrever por entrelinhas. O fato é que hoje, especificamente hoje, gostaria muito de deixar de lado minha ironia com um quê machadiano (quanta pretensão...) e ser SUBJETIVA sim! Quem sabe com a subjetividade conseguiria expressar-me e me fazer entender, já que até o momento toda minha clareza e precisão têm sido inexatas e incompreensíveis para muitos. Outro dia, conversando com uma colega, disse que precisava de silêncio! Hoje, estou em silencio profundo que me atormenta! Já coloquei música do último volume permitido pelo meu computador, mas não consegui quebrá-lo, de modo que se uma manada de elefantes passa-se pela recepção onde trabalho agora, ainda assim permaneceria esse estado de ausência de sons. Acho que quero um silêncio diferente desse que relatei! Não quero ficar desprovida de todo e qualquer som, mas quero ter o direito de me privar daqueles que me desagradam e me causam desconforto. Bem como de abusar dos efeitos sonoros que me agregam a sensação de prazer. Quero ouvir: o mar, os pássaros, a música da alma, um reggae de raiz, a chuva da minha cama; o sol estralando a madeira... Quero abdicar-me: do computador iniciando, do telefone tocando, do ônibus lotado, do noticiário lamentável, das músicas que não gosto...


Quantas ondas inconstantes
E você do amor ainda distante
Quantas vezes você se viu sozinho
Quantas outras se perdeu no caminho
Mas a luz não podia te alcançar
E você via de longe
Jah não é mais um sonho não
E tudo que é real
Está bem ao seu alcance
(Ondas - Planta e Raiz - Zeider)
Sem mais...
ALOHA!

2 comentários:

Conheço essa música!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


eeeeee que emoção!!!

e "me ri" muito com o teu comentário super-educaaado!!! carãããã qta criatividade heim kbrita!!

t amo!

Sei bem... no momento só não quero ver pisca-pisca, nem ouvir músicas de Natal...

aloha cabrita...

miCA

Do que eles dizem...

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
(Oscar Wilde)

Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo.
(Luís Fernando Veríssimo)

Liberte-se da escravidão mental, nínguém além de você pode libertar sua mente.
(Bob Marley)

Quero ter alguém com quem conversar. Alguém que depois não use o que eu disse contra mim... Nada mais vai me ferir, é que já me acostumei, com a estrada errada que eu segui, com a minha própria lei...
(Renato Russo)

Do que elas dizem...

Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.
(Clarice Lispector)

Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.
(Lya Luft)

Quando nasci um anjo esbelto,desses que tocam trombeta, anunciou:vai carregar bandeira. Cargo muito pesado pra mulher,esta espécie ainda envergonhada. Aceito os subterfúgios que me cabem,sem precisar mentir. Não sou tão feia que não possa casar,acho o Rio de Janeiro uma beleza eora sim, ora não, creio em parto sem dor. Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina. Inauguro linhagens, fundo reinos-- dor não é amargura. Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô. Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. Mulher é desdobrável. Eu sou.
(Adélia Prado)