Estive pensando (SIM! Eu penso!) no porque de tantas pessoas insistirem em ter dinheiro e levar uma vida cheia de glamour, em mega cidades super badaladas. Parei para pensar nisso devido ao incansável sonho que tenho de constituir uma família solidificada pelo amor e pela simplicidade.
Tenho ambições sim, mas são baseadas apenas nas minhas vontades, nos meus anseios, e nunca em uma sociedade que dita regras que por hora tenho (e todos nós temos ou teremos um dia) que me submeter. Sim, eu sei que a expressão “Padrões impostos pela sociedade” está um pouco clichê, e de fato está, da mesma maneira que se tornou demode usar roupas da moda, fazer dieta, comprar o carro da hora, fazer o curso do momento, ir à balada que todos vão, escutar a música “Top 10” da rádio mais ouvida da região...
Na boa, prefiro parecer hipócrita para alguns descrentes da pureza e capacidade de desprendimento material da humanidade, mas penso que posso morar em uma casa simples, ter um carro popular, trabalhar pouco, ter que fazer as contas no início de cada mês, mas viver tranqüilamente, sem stress algum, sem perturbação alguma, tendo como único e maior transtorno o fato de tomar a difícil decisão entre fazer peixe gralhado ou frito no almoço de um sábado ensolarado.
Já pensei em ser doutora, e de fato tenho muito interesse em constituir uma carreira abrilhantada por títulos e conhecimento. Porém cursarei um doutorado quando estiver bastante amadurecida, quando já tiver descansado meu corpo e minha mente, quando já tiver ensinado meus filhos a falar, andar, limpar seu próprio coco e o do cachorro também, usar o telefone em casos de emergência, cozinhar arroz integral e peixe, fazer salada e lavar a louça. Daí sim, quem sabe poderei fazê-lo. Mas ainda posso adiá-lo caso pense que não será tão válido assim o conhecimento adquirido, ou se surgir a grande oportunidade de ir visitar Fernando de Noronha, Jamaica, Chile, Indonésia, Angola, Egito, Grécia, Hawaii ou lugares afins.
E quanto ao financeiro? Estive calculando e cheguei à conclusão que o investimento feito em um doutorado demora cerca de 10 anos para te dar o retorno desejado (se tudo correr bem) e te consome pelo menos uns 14 anos de vida (se tudo correr Otimamente bem)! Somando os anos investidos e o retorno monetário e colocando ambos em uma balança de equivalências e prioridades, eu, particularmente, escolho a opção de ver meus netos crescerem.
Se deixo herança para eles além das histórias que vivi e dos lugares que conheci? Não sei. Mas será que é preciso mais que isso? Acho que não!
No mais deixo um gigante abraço a vocês, que querem morar em poluídas metrópoles apenas por acreditarem que isso lhes tornará realizados e também àqueles que querem fazer um doutorado sem pensar no rendimento em Reais (ou Peso, Euro, Dólares, Iene, seja lá qual for a moeda corrente do lugar onde você morar...).
Para os gananciosos desmedidos e destemidos, saiba que lhes repudio três vezes!

“O que é mais importante pra você, a liberdade ou o poder? Mais importante para você, sua família ou o mundo? Hein?”


*ALOHA*

2 comentários:

o mais importante pra mim é o cheirinho do café que a minha mãe faz quando vou pra lá...é brincar com o meu cachorro e levar lambidas dele, é brincar com meus sobrinhos e lhes ouvir suas historinhas...gosto de sentar no sol e ficar lagarteando, gosto de comer "com as mãos"..a minha ambição é poder ficar mais perto de quem eu gosto...família é tudo...com certeza!

beijo linda!

Não consegui pensar nada... to de ressaca.
Mas, têm pessoas que fazem doutorado pelo conhecimento adquirido, acho complicado generalizar. Como pra qualquer coisa. Rotular não é muito comigo e tenho tentado a cada dia mais, é só o que peço, livrai-me senhor de pré julgamentos finais.

aloha gatona

nos vemos na festa entonces??

bju bju, saudadeslevameuatestadoopsdeclaraçaoplease

mica

Do que eles dizem...

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
(Oscar Wilde)

Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo.
(Luís Fernando Veríssimo)

Liberte-se da escravidão mental, nínguém além de você pode libertar sua mente.
(Bob Marley)

Quero ter alguém com quem conversar. Alguém que depois não use o que eu disse contra mim... Nada mais vai me ferir, é que já me acostumei, com a estrada errada que eu segui, com a minha própria lei...
(Renato Russo)

Do que elas dizem...

Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.
(Clarice Lispector)

Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.
(Lya Luft)

Quando nasci um anjo esbelto,desses que tocam trombeta, anunciou:vai carregar bandeira. Cargo muito pesado pra mulher,esta espécie ainda envergonhada. Aceito os subterfúgios que me cabem,sem precisar mentir. Não sou tão feia que não possa casar,acho o Rio de Janeiro uma beleza eora sim, ora não, creio em parto sem dor. Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina. Inauguro linhagens, fundo reinos-- dor não é amargura. Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô. Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. Mulher é desdobrável. Eu sou.
(Adélia Prado)